sábado, 23 de julho de 2011

O vilarejo






Vagando aos campos secos

Não se tem mais fértil os teus dias
Sementes não se tem para plantar

Teu vilarejo ficou vazio
As fontes mais puras já secaram
Imploras por abrigo
Mas as casas foram derrubadas

Teu horizonte tornou-se tão abstrato
Não há mais no que sonhar
É inútil retomar os passos
Ir embora deste lugar

Antes da fraqueza
Ainda permanece a esperança
Que em seu lugar floresça
Se seu salvador ainda a tiver na lembrança

Nestes campos ele também passou
E de esperar que ele volte, você não se cansa
Que ele te envolva em seus braços
E finalmente aí chega o dia em que você descansa

Você lutou tanto para o seu lugar vingar
Sofreu, sorriu, entristeceu e se alegrou
Entre erros e acertos cambaleou
Afinal, humana você é

Mas um dia a recompensa chegará
Por isso, continua em pé
Há muito tempo pôs se a esperar
Então teu desejo não se demora

Seu vilarejo, onde você mora
Nos mínimos detalhes, em cada canto
É a propriedade de seu vasto coração

Acalma-te, pensa então
Que depois da chuva de seus inacabáveis prantos
A alegria germinará em forte plantação


Raíssa Stèphanie

Eu vou voltar

Abro a porta do meu próprio eu e não me reconheço (Eu vou voltar) São tantas peças nesse quebra-cabeça (Eu vou voltar) As resposta...